Após uma semana de paralisação das atividades, os funcionários dos Correios decidiram pelo fim da greve no estado. Em assembleia, na tarde desta terça-feira (17), na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos em Pernambuco (Sintect-PE), no bairro de Santo Amaro, a categoria optou pelo encerramento do movimento paredista, que era uma condição para que a empresa aceitasse a proposta do Tribunal Superior do Trabalho de manter as cláusulas do Acordo Coletivo 2018/2019 até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para 2 de outubro.
A greve foi deflagrada no último dia 10 e, de acordo com os trabalhadores ecetistas, a decisão foi tomada após mais de dois meses sem negociação com o presidente da empresa, o general Floriano Peixoto. Além da Campanha Salarial 2019/2020 e das cláusulas sociais da categoria, os servidores públicos também lutavam contra a decisão do governo Bolsonaro de privatizar os Correios.
Na contramão das reivindicações, foi apresentada uma proposta de retirada de inúmeros itens do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o que, segundo o Sintect-PE, levaria a uma redução salarial em torno de 20% a 40%. Ainda constava a redução de 26 para 23 tíquetes de alimentação e de 30 para 27 tíquetes, o não pagamento do benefício nas férias, o não pagamento do Vale Peru, a exclusão do Vale Cultura, a redução do adicional noturno de 60% para 20%, a redução da gratificação de férias de 70% para 33%, a redução de 200% para 100% no trabalho em dia de repouso e o reajuste salarial de 0,80% sobre o salário base.
Mesmo respeitando a condição da empresa para aguardar o dissídio coletivo, o Sintect-PE adiantou que a paralisação foi encerrada, mas o estado de greve está mantido.
Os Correios aguardam o encerramento da paralisação parcial em todo Brasil para consolidarem as informações relacionadas aos impactos nas operações da empresa. As federações têm até as 22h de hoje, terça-feira (17), para deliberarem sobre o fim do movimento paredista. Essa foi a condição para que a empresa aceitasse a proposta do Tribunal Superior do Trabalho de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 até o dia 2 de outubro, data do julgamento do dissídio coletivo pelo colegiado do TST.
Desde o início da paralisação parcial, os Correios colocaram em prática um plano de continuidade de negócios, estabelecendo ações de contingência para amenizar eventuais impactos à população. Entre as medidas estão o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana. As ações contingenciais continuarão a ser adotadas até que as entregas sejam normalizadas. Reiteramos que a rede de atendimento está funcionando normalmente em todo o país.
Fonte:OP9
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